Atos dos Apóstolos - a unçao do Espírito Santo vai invadir a sua vida.
 
 
 
 
 
Atos dos Apóstolos
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Benefícios do falar em línguas
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
 

- Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? 23 - Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas , no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?39 - Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas 1 Co 1 4:6

Tenho viajado por muitas cidades e depois de ministrar em diversas denominações evangélicas afirmo com muita propriedade que a contemporaneidade dos Dons Espirituais de acordo com I Co 12, 13, 14 já não gera as mesmas brigas como no passado, porém, infelizmente ainda gera em alguns líderes um certo desconforto e frustração.
A verdade é que ainda resta um considerável grupo de pastores e teólogos que tiveram uma formação acadêmica tradicional, profundamente influenciada pelos princípios iluministas de séculos passados. A alta crítica textual, a teologia da libertação e tantos outros movimentos que surgiram na história da igreja aparentemente trouxeram algumas verdades relevantes. Porém ao analisarmos seus frutos descobrimos a árvore, isto corresponde há um verdadeiro câncer em meio ao pensamento teológico. É chegada a hora de revermos algumas leituras teológicas do passado, toda teologia precisa ser avaliada pelos resultados práticos que ela produz e não pela lógica e depuração do raciocínio grego ocidental.
Tendo em mente este quadro, fica fácil entendermos a motivação de diversos líderes da década de 70, que ao experimentarem um avivamento espiritual em suas comunidades locais, foram logo forjando a errônea argumentação contrária ao estudo teológico. Quem nunca ouviu o chavão neopentecostal “...a letra mata e o Espírito vivifica...”.
O fato é que não só a letra, no sentido literal da palavra, mas também a letra, pode nos matar espiritualmente. Da mesma forma que apenas as experiências empíricas, espiritualmente não nos dão consistência para crescimento. Muito mais que o estudo teológico, o problema das igrejas, líderes e cristãos sempre foi uma vida de pecado e superficialidade devocional. Elementos que nos levam para o sepulcro caiado.
Já passei daquela fase, em que investia tempo argumentando com outros irmãos, líderes e até pastores tentando provar biblicamente que Deus continua sendo o mesmo, ontem, hoje e o será eternamente. As escrituras estão repletas de argumentos, provas e evidências de que ao longo da história, Deus sempre permaneceu imutável em seus princípios, valores e métodos. Creio piamente que ainda em nossos dias Deus tem seus valentes espalhados pelo globo terrestre manifestando o poder do Espírito Santo com sinais tão sobrenaturais quantos os que Moisés realizou diante de Faraó. Certo amigo, compartilhou comigo o testemunho de um missionário amigo dele, que tem dedicado sua vida a evangelizar pessoas simples, moradoras nas montanhas do México e que ao longo de todos os anos de seu ministério, esse missionário já presenciou mais de 30 pessoas serem ressuscitadas pelo poder do Senhor Jesus.
A Bíblia afirma em Jo 14:12 “...Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai...” Para muitos essa declaração é bobagem e não deve ser interpretada literalmente, para outras essas obras maiores significa o crescimento e dispersão da igreja ao redor da terra, mas particularmente penso que faz referência as manifestações do poder do Espírito Santo em nossos dias.
Quando houve a reforma protestante sabemos pela história, que surgiu outro movimento de menor expressão chamado contra reforma, o qual liderados pela igreja católica romana afirmavam ser os únicos detentores da verdade bíblica e revelação divina na terra, reivindicando sobre si autoridade única na qualidade de madre igreja.
A feitiçaria dos monges jesuítas se manifestou de diversas formas e estratégias para tentar silenciar a voz profética dos reformadores. Entre as máximas do pensamento jesuíta, temos o mentiroso e errôneo ensinamento de que o Antigo Testamento não é mais importante para igreja dos dias de hoje, como se refletisse um Deus sanguinário e vingativo, cuja máxima era “dente por dente e olho por olho”. Dizem que o A.T. deve ser lido apenas para entendermos o contexto cultural da época, mas não precisa ser levado muito a sério.
Pura mentira e manipulação teológica, Jesus não veio cancelar a lei, mas sim cumpri-la! Em nenhum momento as escrituras nos ensinam que o Novo Testamento substitui o Antigo Testamento, a única verdade registrada pelo autor do livro de Hebreus é que o A.T. era a sombra de uma realidade futura a ser manifesta ao homens através da pessoa de Jesus Cristo.

MT 5:17 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir”.

O sangue de Jesus não cancela nem ignora ou despreza o sangue dos novilhos e rolinhas sacrificados na Antiga Aliança. O sangue de Jesus é simplesmente superior, maior, verdadeiro que o sangue dos animais sacrificados no passado. Ele não os substitui, mas é infinitamente superior!
A igreja romana sempre recorreu aos inúmeros testemunhos de milagres registrados na história para legitimar sua veracidade e atacar os “hereges” protestantes exigindo que estes realizassem os mesmos milagres que Pedro e outros apóstolos e santos canonizados realizaram ao longo dos seus ministérios.
Na reforma, isso constituiu um ponto crítico de divergência, pois os teólogos católicos apontavam para um mar de milagres registrados desde o tempo dos pais até a idade média. Não foram esses milagres realizados em associação com santos católicos, sacrários católicos e relíquias católicas? Não eram eles provas de que o catolicismo era verdadeiro?
Em contra partida, de sua parte que prova ofereciam os protestantes de que sua interpretação da Bíblia estava correta? Poderiam eles produzir milagres em apoio a seus ensinamentos? Eles se viram forçados a desenvolver uma resposta que explicasse porque aquele número de testemunhos de milagres aparentemente infinito durante os 1500 anos anteriores não apresentava nenhuma força para tirar-lhes a credibilidade.
Os reformadores Calvino, Lutero, Zuínglio, Simons, Stattler, entre outros não operavam milagres como Paulo, Pedro ou Tiago. Existem alguns manuscritos afirmando que Lutero orava em línguas estranhas, e que tivera algumas experiências de cura com uma de suas filhas, apenas isso. No lugar de acreditarem nas palavras de Jesus em Jo 14:12, sobre as “obras maiores”, desenvolveram uma Teologia Cessacionista que afeta os pensamentos de muitos líderes até hoje.
É importante lembrarmos que naquele momento histórico da igreja, Deus não estava restaurando o ministério profético nem o apostólico como Ele esta fazendo em nossos dias. Ele estava restaurando o ministério do mestre, a Bíblia passou a ser traduzida para inúmeros idiomas, foi impressa e ensinada para as massas populares, a impressão gráfica foi inventada para atender essa necessidade e os cultos começaram a ser realizados na língua nativa do povo e não mais em latim. Séculos depois veremos Deus restaurando o ministério de evangelismo com as grandes cruzadas realizadas por evangelistas que chamavam o povo ao arrependimento e novo nascimento.
Além de Calvino, Lutero também disse: "... o tempo dos milagres já passou". Com uma declaração mentirosa como essa é evidente que não presenciariam milagres nem mesmo “obras iguais” às realizadas por Jesus e muito menos as “obras maiores”!
Talvez você seja uma dessas pessoas, cessacionistas que foi programada para acreditar que a igreja primitiva, aquela dos apóstolos e dos milagres é diferente da igreja de nossos dias e as manifestações sobrenaturais já terminaram. Que atualmente Deus não opera mais da forma como lemos nas páginas das sagradas escrituras, e que a igreja primitiva encerrou em At 28:23-31(...). Logo, você acredita que a igreja de nossos dias é diferente daquela apresentada pelos apóstolos.
Caso você seja assim, questionador e pragmático quero que saiba que compreendo suas dúvidas, conheço seus argumentos e sei muito bem como você entra em crise ao ouvir outro irmão pentecostal gritando em línguas estranhas perto de você. Compreendo tudo isso que você sente, pois um dia eu também fui assim.
Confesso que perdi um tempo precioso de minha caminhada cristã acreditando nessas crendices e superstições teológicas, precisando repetir para mim mesmo que todos os outros cristãos avivados estavam errados e eu na minha mediocridade da cosmovisão grega tinha a razão acima de meus sentimentos. Esse sentimento é muito parecido ao do espírita kardecista que por conviver intimamente com o oculto e sobrenatural se julga superior e mais preparado que os demais cristãos nominais.
O fato é que quero falar sobre o “Dom do Espírito”, o qual recebemos mediante fé, obediência e soberana vocação divina. Desta vez não vou nem compartilhar testemunhos de paralíticos que já vi andar, ou surdos que passaram a ouvir muito menos tratarei de pessoas que tinham uma das pernas centímetros mais curta que a outra e depois de um período de ministração do Espírito Santo, tiveram sua perna milagrosamente restaurada, centenas de pessoas que receberam dentes de ouro ou outros objetos metálicos que instantaneamente mudaram de propriedade e ficaram dourados.
Quero falar apenas sobre orarmos em línguas estranhas, algo que na perspectiva do apóstolo Paulo é “o menor de todos os dons”. Alguns céticos e outros frustrados fundamentalistas aproveitam essa declaração de Paulo para mentir dizendo que esse assunto não é importante e não merece considerações.
Coisa alguma que Deus nos dá é sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem reservado para sua igreja é em vão; tudo tem proveito e utilidade. Em sua grandiosa graça, Ele nos concede suas dádivas com a finalidade de sermos aperfeiçoados e edificados.
O falar em línguas não é algo sem importância. Ele foi dado para o nosso benefício, para a nossa edificação pessoal. Nesta prática há benefícios que transformam nossas vidas, e que quando negligenciados entristecem profundamente Deus.
Esse mesmo apóstolo Paulo, também disse: “E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação” I Co 14.5.
Existem muitas crendices e superficialidades a respeito do falar em línguas estranhas. Uma delas é acreditarmos que pessoas que falam em línguas são mais espirituais do que as que ainda não receberam esse dom. Isso é um mito pentecostal, biblicamente não há nada que fale a respeito!
Outra mentira que me disseram é que para receber o dom de falar em línguas estranhas é que preciso sacrificar-se; e assim inconscientemente anular e/ou competir com todo o sacrifício que Jesus já realizou por nós na cruz do calvário.
Contudo, de todos os mitos o pior que escutei foi o conceito de “Batismo do/com/no Espírito Santo” como condição para vida eterna. Algumas igrejas ensinam até os dias de hoje e tentam nos convencer de que no momento da conversão, o Espírito Santo não passa a habitar em nós. Segundo eles, precisamos falar em outras línguas para sermos salvos, ou então, jamais entraremos no Reino dos Céus. Qual é o pior de todos esses mitos?

Para quem Deseja Receber esse Dom:

Não fique confuso, nem com medo desse assunto, vá em frente, supere todas as mentiras teológicas que você já escutou a esse respeito e analise os seguintes fatos:

I Co 14:2-6 - “...Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 3 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.4 O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. 5 Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação. 6 Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?”

(1) No momento em que recebemos Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador, o Espírito Santo passa a fazer habitação dentro de nós, e nós somos selados por Ele Ef 1:13. Logo, isso significa que é um erro dizer que uma pessoa crente em Cristo Jesus não possua o Espírito Santo habitando dentro dela só porque não fala em línguas estranhas. Porém, o Espírito Santo é uma pessoa com a qual não só podemos, mas devemos nos relacionar. Diga-se de passagem que podemos entristecê-lo conforme está escrito em Ef 4:30 e culminar num processo de apostasia espiritual.

(2) Dons Espirituais são para cristãos que desejam cumprir a tarefa da grande comissão Mt 28, eles não são concedidos para brincarmos de colecionar o maior número de dons e assim arrotarmos espiritualidade. Gosto de estimular cristãos recém convertidos a orarem pedindo a Deus que Ele os conceda o dom falar em línguas estranhas, creio que isso é muito saudável e edificante para uma pessoa recém convertida, pois a Bíblia nos ensina que “quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus” I Co 14:2. Já que Paulo falou que esse é o menor dos dons espirituais porque não começar por ele mesmo? Na verdade, você dificilmente irá operar milagres ou ressuscitar mortos sem um período de tempo, meses ou anos exercitando sua fé em comunhão profunda com Deus e “edificando-se a si mesmo” através do exercício espiritual do orar em línguas.
Alguns irmãos são tão orgulhosos que não querem perder tempo orando a Deus pedindo o “menor dos dons”, querem apenas ser usados por Deus como pastores, mestres, em palavra de conhecimento ou profecia. Mas, não estão dispostos a serem usados por Deus em línguas estranhas, para edificarem a si próprios num primeiro instante e quem sabe mais tarde mediante interpretação edificar a igreja.
O apostolo Paulo não diz que quem “ora em línguas e as interpreta edifica-se a si mesmo”, ele diz que “quem ora em línguas, edifica-se a si”. A edificação coletiva da igreja no culto publico é que só acontecera quando o mesmo orar em línguas e interpretá-las, mas a edificação pessoal e individual daquele e orar em línguas estranhas não ocorre na interpretação e sim no simples fato dele estar “falando mistérios com Deus”.

(3) Não é porque você foi selado no Espírito Santo no momento de sua conversão, que agora você esteja vivendo na plenitude do Espírito e que tenha intimidade com Deus Espírito Santo. Essa intimidade espiritual é algo sectário a conversão, que só experimentaremos mediante uma vida consagrada aos pés da cruz, disciplinada em jejuar e orar periodicamente e treinada a ouvir a voz do Mestre. Somente assim estaremos experimentando os “poderes da era vindoura” Hb 6:5 e presenciaremos os sinais do Reino de Deus seguirem as nossas pregações. “...Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja....” I Co 14:12

(4) Quando recebemos o dom de falar em línguas, geralmente surge em nossa mente palavras ou frases que jamais estudamos ou tivemos oportunidade de decorar anteriormente. Assim como crianças quando aprendem falar, experimentamos repetir tais expressões. Muitos recebem o Dom, mas por causa do medo ou vergonha, permanecem calados. O Dom não é exercitado e o cristão sai frustrado pensando que Deus iria tomar a boca dele, semelhante a uma metralhadora e sair disparando frases em outros dialetos, idiomas que jamais foram por ele estudados ou até mesmo na língua dos anjos, e assim a interpretação só poderia ser espiritual, mediante a operação de outro Dom, chamado de interpretação das línguas estranhas.
Quando conversava com amigos que já haviam recebido esse dom, costumava perguntar-lhe como é que isso funcionava! Minha incredulidade e meu pragmatismo precisavam ser saciados, e as respostas deles só me deixavam ainda mais confuso. Certa vez uma amiga falou que orar em línguas era “semelhante a uma cachoeira que jorrava muita água de nosso interior”, muito poético na minha opinião, porém nada esclarecedor.
Esqueça todas as coisas que já lhe disseram a respeito desse assunto. A verdade é que existe muita gente por ai, que nunca falou em línguas estranhas, nem presenciou alguém exercitando esse dom, mas abre sua boca para emitir pareceres dúbios sobre esse assunto.
Até hoje, talvez, você só tenha recebido ensinamento sobre esse assunto por intermédio de algum pastor especialista nas escrituras, que porém nunca “orou em línguas” nem “falou em mistérios com Deus”... é muito provável que o ensino dessa pessoa tenha sido cheio de boas intenções, mas desconecto de uma experiência prática para valida-lo profundamente. Recomendo que você procure ouvir o ensinamento de outras pessoas que além da teoria bíblica, gastem oito ou dez horas por semana orando em línguas estranhas com Deus e posteriormente faça suas comparações e conclusões pessoais.
É verdade que ninguém precisa colocar o dedo na tomada para saber que ali existe uma corrente elétrica. Mas também é verdade que o depoimento de uma pessoa que já levou um choque elétrico é muito mais convincente que o depoimento de alguém que apenas leu sobre os riscos da eletricidade em um livro.
É impossível descrever qualquer tipo de experiência com Deus, podemos observar seus frutos, seus resultados e assim discernir a árvore, porém tentar explicar o que acontece no interior do ser humano quando ele fala em línguas é pura perda de tempo. Cada experiência é individual, Deus tem uma forma muito especial de se manifestar a você, e com certeza ela é tão individual que será diferente da forma como ele se manifesta a mim.
Sugiro que você parar de questionar as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo e a passe a clamar em oração pedindo que Ele venha conceder a você essas mesmas experiências. O homem da pós-modernidade está cansado de observar, estudar, criticar, ouvir ou meditar a respeito de Deus, assim fizeram os cristãos de séculos atrás. O que a humanidade procura na pós-modernidade é muito mais que apenas entender Deus e estuda-lO. Queremos é ter intimidade com ELE em toda sua plenitude.
Isso explica o grande crescimento de seitas e movimentos esotéricos, espiritualistas, ocultistas e até mesmo o ressurgimento do satanismo em resposta a essa necessidade que a geração da pós-modernidade carrega latente em sua alma e em resposta ao ostracismo religioso de muitas denominações cristãs. Agostinho disse que “o homem foi feito para Deus e só poderá encontrar satisfação em Deus”. Existe uma necessidade latente em todo ser humano de experimentar o espiritual e não apenas freqüentar igrejas para ouvir alguém falando sobre Ele.

(5) Em virtude de muitos ficarem inibidos, receosos ou até mesmo medrosos em relação as manifestações do Espírito Santo, muitos líderes preferem dar liberdade para Deus manifestar seus dons II Co 3:17 ao invés de ficar policiando todos os presentes na reunião para saber se toda palavra falada em alta voz em línguas estranhas está ou não sendo interpretada, conforme diz I Co 14:18-32. Muitas vezes orei dessa forma no culto e aparentemente nenhum dos presentes se levantou atrás de mim para interpretar o que eu estava dizendo, mas no final do culto algumas vezes fui surpreendido por pessoas que me procuraram para dizer que haviam recebido aquela interpretação e ficaram com medo de compartilhar com toda a igreja ou era algo tão individual que preferiram permanecer calados e guardar apenas para si o que estava sendo interpretado, pois afinal, “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas;” I Co 14:32.

(6) Alguns ainda insistem em argumentar dizendo que em público no culto da igreja a aplicação do texto de I Co 14:27-28 “ ...No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.” deve ser literal. Para esses eu solicito que leiam no mesmo capítulo os versículos 34 e 35 que dizem: “conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja”.
Infelizmente o zelo de alguns líderes frustrados por não falarem em línguas estranhas tem impedido outros irmãos de darem liberdade para as manifestações espirituais de Deus durante os cultos em algumas igrejas, assim todo seu zelo cai por terra ao esquecerem o que diz o verso 39 “Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas.”

(7) Não busque as experiências, mas busque a Deus, deixe que os sinais do Reino sigam você naturalmente! Retire de seu coração as motivações carnais. Deus não tem obrigação de suprir sua baixa auto-estima nem seu complexo de inferioridade dando-lhe as manifestações sobrenaturais que você tanto idealiza. Experimente tornar-se amigo de Deus, semelhante a Enoque que andava com Ele, e você descobrirá o extraordinário poder do Espírito Santo manifesto em sua vida.

Para Aqueles que já Receberam o Dom:

A maioria dos crentes que já receberam o Dom e passaram a falar em línguas, precisam compreender que receberam de Deus mediante a imposição de mãos algo que pode ser apagado, quando não exercitado - 2 Tm 1:6 “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos”.
Os conceitos são diversos, mas a maioria não vê um propósito no uso contínuo da linguagem sobrenatural da oração do Espírito Santo. Então, pergunto: se quem fala em línguas não entende com profundidade o motivo para exercitar esse dom, o que esperar daqueles que ainda não falam? Mas, quando a igreja começar a experimentar o sublime propósito desta dádiva de Deus, haverá um anseio maior pela manifestação do falar em línguas em nossas reuniões. Já é tempo de compreendermos que mediante o uso das línguas podemos enriquecer nossa espiritualidade, sendo edificados. Há bênçãos e vantagens a serem desfrutadas na disciplina dessa prática. Sei que o apóstolo Paulo não pensava de forma diferente, pois chegou a ponto de declarar: "...dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós..." I Co.14:18.
Caso não houvesse proveito algum nas línguas, será que Paulo agradeceria a Deus por isso? Você acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todo o povo de Coríntos? Perceba que os irmãos da época falavam mesmo em línguas.! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou até mesmo a transformar-se em abuso, que foi um dos motivos que fez com que o apóstolo escrevesse corrigindo-os.
Note que ele não disse que falava em línguas mais do que eles no sentido de diversidade, ou inúmeros idiomas como alguns lideres tradicionais gostam de interpretar. A ênfase recai no valor da prática, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E por que agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em línguas se o mesmo capítulo nos fala que enquanto falamos em línguas nossa mente fica infrutífera? É evidente que Paulo descobriu uma mina de ouro, ou seja, uma fonte de poder e edificação pessoal! I Co 14:4 “...O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo..”

Edificar é construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual edificação significa crescimento; falta construir algo a mais sobre o alicerce da fé em Jesus. O falar em línguas acrescenta em nós, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar com Deus. Foi durante longos períodos de jejum e oração, depois de horas ininterruptas repetindo poucas palavras e expressões que em mistério havia recebido de Deus que Ele foi diversificando as línguas espirituais, e assim, pude entender a variedade de línguas.
Caso você tenha recebido do Senhor a ministração de qualquer dom espiritual e há muitos anos já não os exercita mais, é hora de começar a orar, pedindo que o Espírito Santo venha sobre sua vida agora e reavive o dom em você!

Judas 1:3 e 20 “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. 20 - Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo”.
Filipenses 2:12 “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai [desenvolvei] a vossa salvação com temor e tremor”.
Deus está esperando por suas orações!
A obra do Espírito Santo – Tradução ou Interpretação?

Ao falar da linguagem sobrenatural da oração do Espírito Santo, é preciso que fique bem claro que há uma sociedade nesta manifestação. O Espírito Santo não fala em línguas, somos nós que o fazemos; mas por outro lado, não falamos de nós mesmos, somente o que o Espírito do Senhor nos inspira a falar. Se uma das partes desta sociedade faltar, não haverá a manifestação. Partindo, deste princípio, tenha em mente o momento em que a manifestação inicia na sua vida, é você quem deve tomar a atitude de abrir a boca e começar a falar. Deus não ora em línguas por você, Ele espera que você o faça para edificar sua fé, recebida no momento da conversão.
Lutero já dizia que o Espírito Santo se aproxima em pontas de pés. Mas, por que sermos cheios do Espírito Santo? Isso não seria fanatismo religioso? Ficar falando em línguas diferentes e muitas vezes sem recebermos as interpretações?
Isso pode parecer infantil, mas acredite não é! Existe um valor nessa manifestação e você precisa descobrir qual é a dimensão da edificação que acontecerá nessa disciplina. O falar em línguas faz parte do propósito de Deus para nossas vidas. É uma poderosa ferramenta que o Espírito Santo usa para trabalhar em cada um de nós de forma profunda. Porém, penso ser muito perigoso afirmar e tentar elaborar uma teologia para dizer que todos são obrigados a falar em línguas, pois o próprio apóstolo Paulo nos diz em 1 Co 14:5 “Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas...”; aqui fica claro o desejo do apóstolo. Isso é diferente de afirmar que todos devem ou serão obrigados a falar em outras línguas.
Diferente do que ele mesmo afirma no verso 31“...Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados.” o dom de línguas por mais espiritual que seja, pode vir a ser utilizado de forma carnal e egoística, como estava acontecendo na igreja de Corinto. Egoísta sim, pois como esse é o menor dos dons ele também é o único dom que edifica apenas a pessoa que esta orando, não abençoa aos demais membros da comunidade como é o caso do dom de curar enfermidades, operar maravilhas ou até mesmo o de profecia.
Ao declarar todos podereis profetizar, compreendo que o apóstolo Paulo estava dizendo ao povo que estava ao alcance das mãos deles esse dom. Que existe uma grande probabilidade de Deus conceder-lhes tal dom se assim seus filhos lhe pedirem. Creio que essa mesma aplicação pode ser feita a outros dons, e não esta limitada a profecia.
Podemos parafrasear Paulo e dizer que todos podereis curar enfermos ou quem sabe todos podereis receber palavra de sabedoria ou conhecimento, no sentido de haver a disposição da igreja na terra a manifestações desses diversos dons para capacitar os cristãos a cumprirem a tarefa da grande comissão. Veja 1 Co 12.11, diz que o Espírito Santo “distribui as manifestações como lhe apraz”, e não como “nos apraz”.
Rm 8:26-28 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito...”
Quais gemidos inexprimíveis são esses? Choro, lágrimas e quebrantamento? Para alguns esses gemidos são o falar em línguas estranhas. Penso ser um erro fazermos tal afirmação. Todavia, quando estamos em oração de parto espiritual podemos vir a gemer em espírito e às vezes até gritei, sentindo literalmente dores abdominais e falava poucas palavras ou frases em língua estranha. Outras vezes já presenciei o contrário, num período de oração de parto espiritual retirei-me com algumas pessoas para uma sala reservada, onde ficamos sentados e sem fazer muito barulho, sentimos as dores de parto trazendo a existência algo que no mundo espiritual já estava ligado.
Quem nunca entrou em trabalho de parto espiritual, jamais compreenderá o barulho de alguns irmãozinhos. Porém, isso é assunto para outra ocasião. A linguagem sobrenatural de oração é uma ferramenta do Espírito de Deus para realizar em nós sua obra.
Certa vez um líder de igreja adepta a teologia cessacionista me falou que tinha um teste simples para desmascarar a “farsa das línguas estranhas”. Segundo ele, seria necessário apenas gravar 5 pessoas orarando em línguas estranhas e depois levar as cinco gravações para outros profetas que as interpretassem, então veríamos que seriam interpretações totalmente diferentes entre si, o que na opinião daquele líder desqualificava totalmente a operação do dom de línguas estranhas.
Numa rápida leitura, parece inteligente esse argumento, mas ao analizarmos profundamente veremos que esse teste é uma verdadeira heresia. Fruto de uma mente nicotizada pela religiosidade e cosmovisão cristã secularizada. Existe uma diferença significativa ente o conceito de “tradução das línguas estranhas” idealizado e inventado por esse líder religioso, e o conceito escriturístico apresentado pelo apostolo Paulo de “interpretação das línguas estranhas”.
Traduzir nos prenderia a uma semântica literal, semelhante ao que acontece nos cursinhos de idiomas convencionais. Porem interpretar as línguas estranhas não esta relacionado a palavras ou frases semanticamente estruturadas, simplesmente por que na linguagem sobrenatural da oração não existe estruturação semântica. Ela é feita de “gemidos inexprimíveis”, choro, grito, urros ou frases desconectas de uma tradução literal, mas carregadas de sentimentos, visões ou interpretação espiritual.

Isaias 21:2-3 - "Dura visão me foi anunciada: o pérfido trata perfidamente, e o destruidor anda destruindo. Sobe, ó Elão, sitia, ó Média, que já fiz cessar todo o seu gemido. 3 Por isso os meus lombos estão cheios de angústia; dores se apoderam de mim como as dores daquela que dá à luz; fiquei abatido quando ouvi, e desanimado vendo isso".

  Deus fala de várias formas diferentes e muitas interpretações das línguas estranhas poderão acontecer através de visões, audição física ou simplesmente impressões no espírito, seguido de sentimentos ou forte intuição e não uma “tradução literal de palavras”. Simplesmente imagens mentais ou físicas enquanto ouvimos outra pessoa orar em línguas estranhas. Nesse texto de Daniel xxxx o Senhor falou com o profeta das três maneiras, ele viu, ouviu e sentiu dores.
Isso explica a falácia do teste sugerido pelo líder cristão secularizado, o qual na sua falta de experiência com as operações distintas dos dons do Espírito Santo, confunde coisas básicas. Creio que Deus pode “interpretar as línguas estranhas” de modo literal e semântico, porém isso é uma experiência empírica e específica. Tentar fazer dessa experiência uma sistematização semântica para interpretação espiritual de mistérios do Reino de Deus é no mínico ridículo. Talvez esses lideres planejem publicar um dicionário?!?
Cada experiência é única e exclusiva para determinada pessoa, ainda que o som que saia da boca das pessoas ao orar em línguas possam ser semanticamente e sonoramente idênticos, eles não são “traduzidos espiritualmente”, mas sim “interpretados espiritualmente” para aquele indivíduo, com sentimentos e significado específicos para aquela pessoa.
O mistério das línguas não esta no fato de sempre serem frases e expressões diferentes, mas recai sobre o fato de terem sido recebidos na mente do profeta sem ele nunca tê-los estudado, mediante uma experiência espiritual, mística de intimidade na adoração a Deus. Com a prática podem ser diversificados e intensificados ainda mais.

Tiago relatou sobre o poder da fala:

Há um motivo especial porque o Espírito Santo toca justamente em nossa fala, a partir do momento que vem sobre nós. Centenas de pessoas já testemunharam que perderam seu medo de falar publicamente depois de terem recebido esse dom. A fala é um ponto estratégico, e o Espírito Santo não toca exatamente nesta área em vão.

“...Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda a espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal..." Tg 3:2-8

A ciência tem descoberto atualmente aquilo que a igreja primitiva descobriu a mais de dois mil anos. O Espírito Santo já havia revelado a seu povo que o sistema nervoso da fala influencia todo o corpo. Mas, além da influência natural, a Bíblia está mostrando que a fala tem também uma influência espiritual; mostrando que podemos submeter o controle de nossa fala a Deus ou a Satanás.
Teste recentes tem demonstrado que o ser humano possui áreas de seu cérebro que jamais serão estimuladas por impulsos elétricos pelo simples exercício do psique. Temos áreas do nosso cérebro que foram feitas por Deus para só receberem estímulos elétricos mediante exercício do nosso espírito e não penas o psique.
Isso foi facilmente observado por médicos neurologistas e pastores ao ligarem eletrodos a pessoas que ficaram orando em línguas e adorando a Deus por horas seguidas ou pessoas que foram submetidas a rituais de exorcismo. No caso das línguas estranhas, constatou-se um significativo estimulo sobre as glândulas coronário e tireóide com a liberação de substancias que combatem a depressão e o stress na corrente sanguínea.
Qual a causa do Espírito Santo controlar justamente esta área tão estratégica de nossa vida ao encher-nos com seu poder?
É que através da fala que Ele poderá ampliar seu domínio em nós, e trabalhar com maior eficácia na execução do seu ministério! Também se multiplicam aos milhares, os testemunhos de pessoas que só receberam o dom de falar em línguas estranhas depois que passaram a confessar para um confidente seus pecados, policiaram seus pensamentos e eliminaram seus antigos hábitos de falar palavrões.
O Espírito Santo trabalha nos homens. Desde o antigo testamento, fazendo isso Gn 6:3. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo Jo 16:8. O Espírito Santo está trabalhando neste exato momento, nos quatro cantos da terra, mesmo naqueles que ainda não conhecem Deus.
Entretanto, naqueles que ainda não conheceram Jesus o Espírito Santo ainda não mora dentro delas, e elas nem sequer O conhecem, como declarou o Senhor Jesus: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós". Jo 14:16,17.
Nós precisamos conhece-lO profundamente e Ele habitará em nós. Portanto, a forma como o Espírito Santo age em nossas vidas é muito mais profunda do que naqueles que ainda não são cristãos. Encontramos no novo testamento o Espírito Santo falando com o gentio Cornélio, e essa obra faz parte de seu ministério. Mas, se o Espírito Santo age nos gentios, ímpios, incircuncisos, chame como você preferir, você pode imaginar o quanto Ele não deseja operar em nós?
Ele veio habitar em nós para cumprir a parte que toca no propósito divino. Quando Paulo escreve para Timóteo, fala do “bom depósito” em nós 2Tm 1:14; ou seja, há um investimento de Deus em nossas vidas! O propósito de Deus ao enviar o Espírito Santo para habitar em nós foi para que Ele produzisse algo em nossas vidas. Ao enviar Jesus ao mundo para morrer na cruz, o Pai estava depositando em toda a criação.
E saiba com certeza que o Espírito Santo não quer permanecer inativo. Habitar em você é parte do trabalho d’Ele, e à medida que você se rende, o agir Dele vai tornando-se cada vez mais intenso. O Espírito de Deus está em você para realizar a parte d’Ele no propósito eterno de Deus; veio lapidar a obra da redenção, pois esta é a parte que lhe cabe na ação da Trindade.
Tenha em mente o fato de que “todos podereis profetizar”, essa afirmação não obriga Deus a conceder-nos os dons que desejamos. Porém, já vimos que Paulo nos incentiva a escolhermos com zelo os melhores dons. Logo, fica claro a motivação do coração de nosso Deus.
O Senhor é um pai que deseja ver-nos crescendo em intimidade e profundidade espiritual com Ele. Muito mais interessado em que você receba e exercite os Dons Espirituais, esta o próprio Deus que mediante sua graça e amor, nos concede a ação do seu Espírito, em nós e através de nós! Até quando ficar com medo?
Não seja tímido meu irmão. Ore agora mesmo pedindo a Deus que lhe conceda o menor dos dons. Ao começar pelo falar em línguas estranhas.
Lembre-se do que esta escrito em:

Lc 11:13 - Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

Mt 3:11 - Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo

Línguas Estranhas: Um Único DOM, com Quatro Operações Diferentes:

Muita divergência teológica e confusão relacionada a pratica do orar em línguas esta no fato de muitos lideres cristão desconhecerem as quatro operações distintas do dom de falar em línguas. O dom é um único, mas as formas como ele pode entrar em operação são quatro:

Línguas Estranhas como Idiomas Diferentes – At 2
Línguas Estranhas para Interpretação – I Co 14.5 e I Co 12.30
Línguas Estranhas como Sinal aos Incrédulos – I Co 14.21-33
Línguas Estranhas para Edificação Pessoal – Mc 16.17 e I Co 14.4

1 - Línguas Estranhas como Idiomas Diferentes – No dia de pentecostes, quando cento e vinte pessoas estavam reunidas no cenáculo para jejuar e orar, esperavam, criam e obedeciam aquilo que Jesus lhes havia predito em Lucas 24.49 que do alto o Pai lhes concederia o revestimento de poder.

LC 24:49 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”.

Essa é a segunda vez que vemos alguém ensinar algo sobre línguas estranhas, salvo as palavras do próprio Senhor Jesus em Marcos 16, onde ele cita as línguas estranhas como um sinal que seguira aos que crerem.
Porém nesse episódio da inauguração da igreja neo-testamentaria, no cenáculo onde estavam reunidos, a operação do dom das línguas estranhas foi manifesto através de uma habilidade sobrenatural de pessoas que nunca estudaram idiomas de diferentes nações conhecidas naquela época e poderem misticamente falarem e interpretarem, seguidos de outras evidencias como alegria, fogo, vento impetuoso e embriagueis física sem terem ingerido bebida alcoólica.

Atos 2.1-13 “E, CUMPRINDO-SE o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas [nuvens] repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
13 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto [vinho].

Veja que mediante o ser “cheios do Espírito Santo” começaram a falar em outras línguas nunca antes estudadas por aquele galileus, por que o Espírito lhes concedia que assim o falassem. Nesse episodio não são línguas angelicais, mas sim idiomas e dialetos terrenos, de diferentes nações que foram sobrenaturalmente manifestos.
Existem pessoas que defendem a idéia das pessoas terem apenas “ouvido em seu idioma natural” enquanto eram verbalizadas línguas estranhas, ou angelicais. Porém existe outro grupo de estudiosos que defendem a idéia deles terem verbalizado palavras em idiomas nunca antes estudados e consequentemente terem sido bem compreendidos pelos visitantes de Jerusalém.
Particularmente, creio que pouco importa esse debate. Creio que pode ter ocorrido ambas manifestações simultaneamente. A prática empírica tem demonstrado que ambas manifestações são possíveis quando o dom de línguas estranhas é operado como idiomas diferentes.
Da mesma forma como em Babel Deus estava dispersando a humanidade ao redor da terra através da diversidade de línguas, por causa do seu pecado e mecanismo idólatra de culto religioso; agora no pentecostes Deus estava entregando a sua igreja uma das ferramentas chaves para reunir todos os “povos, tribos e nações” ao redor do trono de Senhor Jesus para o adorar e ser redimidos por Ele – poder do Espírito Santo.
E novamente as línguas estranhas são manifestas, porém agora agrupando ao invés de dispersar. A diferença das línguas manifestas em Babel é que elas tinham o propósito de destruir um empreendimento humano, desconecto de Deus e as línguas estranhas manifestas no pentecostes têm por objetivo edificar espiritualmente a igreja e “anunciar as grandezas de Deus” aos homens de diversas culturas.
Muita confusão teológica relacionada a esse tema, tem raízes no próprio episódio de Atos capítulo dois, pois se até mesmo no dia de pentecostes essa manifestação divina deixou as pessoas “confusas” e “pasmas”, o mesmo continua acontecendo hoje em nossos dias. Porém os pólos são extremos, pois uns ficaram “maravilhados” e outros simplesmente “zombam” dizendo que estavam embriagados...
Essa é uma das operações do dom de línguas estranhas mais extraordinárias que já presenciei e experimentei. Quando tinha 18 anos de idade, participei do primeiro encontro luterano sobre o Espírito Santo na cidade de Ivoti-RS, na reunião do sábado a tarde fui levado por alguns moradores da cidade a um hospital geriátrico para orar por uma senhora muito idosa, que vivia abandonada naquele lugar e foi muito rejeitada pelos filhos.
Ao entrar no seu quarto, fiquei assustado com a aparência daquela mulher, estava ali abandonada pelos filhos e sentenciada a morrer o quanto antes possível. Ela tinha várias enfermidades, dificuldade de ouvir e falar pois não tinha um vocabulário em português com mais de dez frases. Uma vez ao mês vinha um pastor luterano que orava com ela em alemão e dava-lhe a ceia do Senhor, apesar do hospital ser um projeto social romano.
Minha tradutora me introduziu e falou que havíamos vindo aquele hospital para orar por ela, muito cansada foi logo reagindo com violência e agressividade. Começou a nos insultar em alemão e a fazer queixas dos filhos e das noras que só queriam a herança material. Percebi logo que não haveriam palavras nem aconselhamento eficiente naquela tarde sem que o Espírito Santo tomasse a iniciativa em revelar-nos a chave para a cura da alma e do corpo doentes.
Assim que aquela senhora ficou em silêncio, eu levantei minha voz em oração e comecei a orar em línguas estranhas. Estávamos dentro de um hospital romano, com uma enorme estátua da “aparecida” sorrindo pra mim ao lado da cabeceira da cama e era possível sentir o espírito de rejeição, ira, falta de perdão e morte sobre aquela mulher.
Com meus olhos abertos continuei orando em línguas estranhas e simplesmente deixei que a unção de Deus fluísse com liberdade sobre aquele leito de enfermidade. Enquanto orava em línguas pedi inúmeras vezes que Deus me desse a interpretação de todo aquele mistério, mas durante uns quarenta minutos aproximadamente não tive nenhuma visão, audição ou mensagem interpretada, apenas pude compartilhar do sentimento de rejeição e vingança que ainda estavam ativos sobre a vida dela.
Depois de uns quarenta minutos orando em línguas estranhas, percebi que a agressividade havia desaparecido dos olhos dela e agora haviam lágrimas com um olhar de arrependimento. Continuei falando em línguas por mais alguns minutos até perceber que aquele “peso de intercessão” havia sido removido do meu coração.
Enxuguei minhas lágrimas e beijei aquela vovozinha, quando a tradutora me interrompeu exclamando: - não sabia que você falava alemão tão bem assim!
Eu fiquei assuntado com a observação e por um instante pensei que fosse uma piada. Então tornei a dizer que não falava alemão! Mas a vovozinha me falou que eu havia acabado de fazer o resumo biográfico da vida dela em forma de oração. Tudo o que eu havia orado em alemão era verdade e segundo ela, haviam detalhes que só Deus poderia saber, como por exemplo: as surras que ela levada do pai, o trabalho duro na agricultura, o dia em que foi violentada sexualmente pelos irmãos e os abortos que ela havia feito ao longo da juventude...
Aquela senhora estava me dizendo que havia acabado de ouvir-me falar em alemão.
Foi então que eu compreendi a operação das línguas estranhas de Atos 2, em momento algum eu havia falado em alemão, eu simplesmente orei em línguas e eu não recebi nenhuma sílaba de tradução, pois línguas estranhas não são traduzidas, elas são interpretadas. As duas pessoas que estavam comigo no quarto do hospital, não ouviram-me falando em línguas, elas me ouviram falando em alemão e puderam provar se o conteúdo da mensagem fazia algum sentido ou não.
Simplesmente o rio de cura fora ativado sobre aquele lugar e o arrependimento e perdão puderam ser verbalizados por aquela mulher. Mais tarde recebi a informação da enfermeira que naquela noite, ela jantou toda a refeição e ainda pediu para repetir.
Testemunhos semelhantes a esses existem aos milhares. Em outra ocasião pude ver mulçumanos entregando suas vidas a Cristo porque juravam ter-me ouvido falar em árabe enquanto eu estava falando em línguas numa praia pouco movimentada. Sob esse contexto em que os mulçumanos compreenderam a explicação do plana da salvação misteriosamente, creio que as línguas estranhas foram também um sinal aos incrédulos, pois eram mulçumanos.
Nunca estudei árabe nem alemão, mas creio que algo semelhante aconteceu no dia de pentecostes, quando as pessoas falavam em línguas estranhas pelo Espírito Santo de Deus e os mais diversos “turistas” que haviam vindo para Jerusalém em função da festa anual os ouviam em suas próprias línguas, isso também serviu-lhes de sinal aos incrédulos. Duas operações diferentes das línguas estranhas em um único episodio.
Alguns estudiosos dizem que são nove idiomas diferentes entre as diversas nacionalidades descritas em Atos 2, outros divergem com respeito a esse número de idiomas manifestos no pentecostes. O fato é que existe uma relação de idiomas ou nacionalidades presentes nessa manifestação:

Pardos e medos;
Elamitas;
Moradores da Mesopotâmia;
Judéia;
Capadocia;
Ponto;
Ásia;
Frígia;
Panfília;
Egito
Partes da Líbia;
Cirene;
Forasteiros romanos;
Cretenses;
Árabes.

Certa vez um pastor amigo, estava pregando numa cruzada evangelística, e a plataforma havia sido instalada próxima a região portuária. Ele não compreendeu por que no final da mensagem, um número tão grande de chineses haviam vindo a frente para receber Jesus como senhor e salvador. O mais intrigante era que todos falavam chinês ou inglês e compreenderam a pregação da mensagem que ele havia feito em português. Ao término do culto os marinheiros queriam conversar com ele em chinês, porém ele lhes garantiu que não falava chinês. Todos ficaram pasmos, pois o haviam ouvido pregar em seu idioma natal.
Somente então meu amigo, percebeu que a mesma manifestação de Atos 2 havia ocorrido durante aquela pregação, porém nesse episódio ele não ficou falando em línguas estranhas na plataforma, apenas pregou em português e o Espírito Santo se encarregou de fazer com que o som que saia da boca do pregador em português entrasse no ouvido dos marinheiros em chinês.

2 - Línguas Estranhas para Interpretação – No capítulo 14 da primeira carta aos Corintios, o apóstolo Paulo vai descrevendo uma série de ensinamentos sobre as línguas estranhas e a profecia. Ao observarmos os parágrafos que fazem parte do texto original, perceberemos que existe um bloco de versículos referindo-se a uma operação do dom de falar em línguas estranhas diferente das outras. É o que o apóstolo chama: -“os segredos do seu coração ficarão manifestos”.
Existe uma diferença no propósito da operação das línguas estranhas com interpretação e sem interpretação. Durante anos acreditei no ensino equivocado de que línguas estranhas sem interpretação não possuem propósito algum. Isso é uma mentira, as pessoas fazem esse tipo de afirmação errônea porque não levam em consideração as distintas operações do mesmo dom.

I Co 14.1-5 – “SEGUI o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
2 Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
3 Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.
4 O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação”.

O apostolo traça diversas comparações entre o falar em línguas e o profetizar. Mas quando fala da operação das línguas estranhas ele ainda diz que elas trazem edificação para “si mesmo” ou pode ser igualada a profecia, no caso de haver interpretação. Então vamos lá:

Línguas Estranhas sem Interpretação Línguas Estranhas com Interpretação Profecia

Não fala a homens, senão a Deus Fala aos homens, da parte de Deus Fala aos homens, da parte de Deus
Ninguém o entende Todos o entendem Todos o entendem
Fala mistérios com Deus Comunica os mistérios aos homens Comunica os mistérios aos homens
Exercita sua fé Edifica – Exorta - Consola Edifica – Exorta - Consola
Edifica-se a si mesmo Edifica a igreja Edifica a igreja
Quero que todos vós faleis em línguas Equivale-se ao dom da profecia quando houver intérprete – I Co 14.5d Muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior

As línguas sem interpretação são exatamente o oposto do profetizar. Já as línguas com interpretação são exatamente iguais a profecia. Para operarmos na unção profética não é obrigatório o falar em línguas.
Ao contrário do que muitos pensam ficar orando em línguas por oito ou dez horas ininterruptas é incrivelmente edificante. Edifica o indivíduo que de aplicou a tal exercício espiritual. O edifica, por que as escrituras assim o afirmam e essa simples fé literal no texto bíblico desata sobre a vida do intercessor

I Co 14.27-28 “E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus”.

No simples exercício de orar em línguas, mesmo sem interpretação a pessoa fala a Deus. Isso demonstra que existe um propósito bem definido nessa prática, portanto temos aqui uma linguagem de oração espiritual. Um canal de comunicação diretamente com Deus. Em I Co 14.14 diz “Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto”.
Para cristão influenciados pela leitura de mundo grega, predominante no mundo ocidental, “ficar com a mente infrutífera” parece ser algo terrível, quase uma abominação, mas saiba que não é!
Esse é o grande segredo da oração em línguas sem interpretação, comunicar-se com Deus através de uma linguagem espiritual, a qual pode ser sentida, vista ou ouvida onde “o meu espírito ora bem”, outras traduções dizem “o meu espírito ora eficientemente”. E com a virtude de não termos nenhuma interferência nessa comunicação pela nossa mente, pois como o texto bíblico diz, ela permanece “sem fruto”.
Incrível, a alma, o psique, a mente sendo submetida ao controle do espírito. Ela fica infrutífera enquanto nosso espírito ora eficientemente, ora bem, ora de fato conforme a sua tardução. Onde residem suas lembranças dolorosas do passado? Seus ódios e rancores? Suas dificuldades de perdoar ou pedir perdão? Onde ficam guardadas aquelas imagens mentais de pornografia, violência ou morte que algum dia do passado você mesmo escolheu assistir? Todo esse lixo fica alojado em nossa mente.
A fé cristã precisa ser lúcida e coerente. Precisamos saber dar explicação da razão de nossa fé em Jesus, e isso necessariamente não precisa ser místico nem transcendente, é apenas uma explicação lógica. Porem isso não faz da experiência cristã um produto da dedução, filosofia e lógica grega. Nossa fé deve ser algo passivo de ser experimentado de modo prático, concreto e real, e não apenas analisado ideologicamente.

A tradução da Bíblia Viva diz:
“falam todos em línguas para a interpretação?” ICo 12.30.

A tradução Revista e Atualizada diz:
“falam todos diversas línguas? interpretam todos?” I Co 12.30.

Em minha opinião a tradução Bíblia Viva foi mais feliz em sua tradução. Particularmente creio que existem as “línguas para interpretação” e as “línguas para edificação pessoal”. Somente quando alguém falar em línguas para interpretação é que o dom de interpretação de línguas entrara em operação. Como será possível alguém operar no dom de interpretação das línguas se ninguém puder orar na reunião pública em línguas estranhas, ainda que para sua edificação pessoal?
Não creio que no culto público tenhamos que proibir o falar em línguas estranhas, ainda que as pessoas estejam apenas orando em línguas para edificação pessoal. Creio que esse exercício de fé pode ser feito a sós no quarto, ou individualmente no culto coletivo sim. Pois a final de contas, o culto é um lugar aonde os cristão vão para adorar a Deus e serem edificados espiritualmente. É ridícula a idéia de proibir o falar em línguas na reunião publica. Não era isso que o apostolo Paulo tinha em mente.
Acredito que os exageros que o apostolo Paulo estava corrigindo em corinto, estavam relacionados a confusão entre as línguas como sinal aos incrédulos, línguas para interpretação publica e línguas para edificação pessoal.
Certa vez, em uma igreja em que eu fora convidado para ministrar um dos nossos seminários, pude observar a mesma falta de maturidade que havia entre os corintos em relação ao exercício das línguas estranhas.
Aquela cena que eu observei, ilustrou-me perfeitamente o que estava acontecendo em corinto e o apostolo Paulo estava corrigindo ao escrever-lhes:

I Co 14.26-32 “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”.

Certa senhora com aparência de espiritual, saiu de seu lugar e foi até o outro lado da igreja com uma das mãos na boca e a outra levantada aos céus. Ao chegar a um jovem e impor-lhe as mãos, começou a orar em línguas.
Até ai tudo bem, fiquei observando aquele comportamento com o intuito de julgar a eventual profecia. Achei que a profetiza não precisava ter chamado a atenção para ela ao ter se deslocado até o outro lado da igreja, mas relevei o fato.
Enquanto orava em línguas em tom audível o ministério de louvor diminuiu a intensidade dos instrumentos e obviamente toda a igreja dirigiu sua atenção ao que estava acontecendo próximo ao altar. A profetiza começou a sapatear e a rodar em círculos ao redor do jovem, batia palmas e emitia sons estranhos. O jovem estava muito receptivo, mas esperava atentamente ao que Deus tinha reservado para comunicar a ele através daquela mulher.
Num determinado momento, pensei que ela fosse aplicar um “golpe de artes marciais”, pois além de falar em línguas em tom audível, ter saído do seu lugar e ido ao encontro de um desconhecido, sapateado e rodado ao redor dele, agora ela mexia as mãos e mexia a coluna... isso já eram mais de dez minutos de “mistérios” ainda não interpretados...
Prosseguiu com sua coreografia patética até que deu três pulinhos para trás e encerrou a mensagem com um longo sopro de ar. Para minha maior surpresa, ela virou as costas para o jovem, e voltou para sentar no seu lugar. Ninguém compreendeu nada, absolutamente nada!
Nem o jovem que estava aparentemente aberto para o mistério, nem eu, muito menos a igreja! Então o ministério de louvor tornou a intensificar a música e todos voltaram a cantar.
Como sou profeta, sai do meu lugar e fui atrás daquela “profetiza”. Ela tipificava uma espécie de “Maria Santarrona” que infelizmente não estão em extinção dentro de muitas igrejas. Toquei no seu ombro e perguntei: - “Qual a interpretação das línguas estranhas que você acabou de ministrar sobre aquele jovem? Ninguém entendeu nada!”
Para minha surpresa a resposta dela foi ainda pior: - “Quem é espiritual compreende os mixxtéériiiiiooosss de Jeooovaaaa na terra!”
Por uma fração de segundos desejei quebrar o pescoço daquela amada irmã! Mas ficou evidente que não era uma pessoa madura espiritualmente, nem a igreja compreendia a diferença entre línguas para edificação pessoal e línguas para interpretação.
Não creio que Paulo estava instituindo uma regra rígida que inibia ou proibia o orar em línguas para edificação pessoal no culto público, como alguns pastores sugerem hoje em dia. Do mesmo modo como não devemos generalizar e aplicar de modo literal o que esta escrito no versículo 34, creio que não é inteligente fazermos uma aplicação geral ao que esta escrito no versículo 28. Pois o próprio apóstolo termina o capitulo 14 dizendo “e não proibais falar línguas” – I Co 14.39.

I Co 14.34 “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei”.
I Co 14.28 “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus”.

A aplicação hermenêutica do versículo 28 não deve ser geral, a todas as operações distintas das línguas estranhas, mas específica a operação da “língua estranha para interpretação” e em alguns casos as “línguas estranhas como sinal aos incrédulos”. Apenas no contexto desse parágrafo é que devemos exigir a obrigatoriedade da interpretação.
Mas não tenho dúvidas que a motivação de Paulo era corrigir atitudes como a dessa profetiza, que saiu do seu lugar, impôs as mãos sobre um desconhecido e reivindicou autoridade profética sobre as suas palavras. As únicas palavras que ela pronunciou em português para todos compreenderem foi: - “assim diz o senhor” depois emendou línguas estranhas e movimentos de artes marciais.
Infelizmente alguns guetos denominacionais, estão repletos desse tipo de “profeta ninja” que fazem questão de chamar atenção para si e reivindicar sobre suas palavras autoridade profética com frases de efeito, mas ao analisarmos seu conteúdo ficamos horrorizados.
Qualquer pessoa pode orar em línguas para edificação pessoal no culto público, num tom audível, contanto que não atrapalhe aos demais irmãos que estiverem ao seu redor. Não era isso que o apostolo Paulo estava corrigindo.
Porém mesmo que a mensagem profética não seja para toda a igreja, como um coletivo. Ainda que sua interpretação seja um recado específico para uma pessoa específica, esta “língua estranha para interpretação” precisa ser obrigatoriamente seguida de interpretação pública de modo que permita a análise e o julgamento dos demais irmãos presentes na reunião.
Profetas ou intercessores maduros não ficarão ofendidos com o julgamento, pois sabem que as escrituras assim nos recomendam.

I Co 14.29 “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.

 

3 - Línguas Estranhas como Sinal aos Incrédulos – Ainda no capítulo 14 da primeira carta aos Corintios, depois de ter introduzido o ensinamento das línguas estranhas o apóstolo Paulo nos fala sobre a operação das línguas estranhas como sinal aos incrédulos.
Já vimos que isso também ocorreu em Atos capítulo dois, por ocasião do pentecostes, pois ao contrário da mentira ensinada por alguns líderes... esses “dons carismáticos” não escandalizarão os visitantes de nossas igrejas. No episódio bíblico não escandalizaram ninguém, justo pelo contrário, simplesmente três mil almas se converteram e foram acrescentadas a comunidade cristã.
Engraçado você não acha? Nicotizam as mentes dos cristãos nominais para não orarem em línguas no culto público, pois segundo essa perspectiva teológica os “incrédulos ficarão escandalizados” e não “irão compreender”. Mas em contrapartida, para não perderem a membresia desse pequeno grupo inclinado as manifestações pentecostais que geralmente Deus levanta nas mais diversas estruturas denominacionais, simplesmente os “toleram e suportam em amor”, contanto que orem em línguas estranhas escondidos dentro da torre do sino da igreja!
Mas existe ainda uma terceira operação das línguas estranhas que são um sinal aos incrédulos, fora o texto de Atos 2 em I Co 14.21-33 temos todo um parágrafo relacionado a essa operação.

I Co 14.21-25 – “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.
22 De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.
23 Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
24 Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
25 Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.

Novamente podemos observar que as línguas estranhas como sinal aos incrédulos seguida de interpretação é comparada a profecia. Porém nesse contexto existe uma maior ênfase na operação da palavra de ciência e palavra do conhecimento simultâneos ao falar em línguas.
O principal propósito nesse caso é “revelar os segredos do coração” dos incrédulos. Como existem muitos segredos constrangedores para serem expostos publicamente numa reunião coletiva, creio que em algumas circunstancias específicas haverá a interpretação desse tipo de línguas estranhas através dos dons de palavra de ciência e palavra do conhecimento simultâneos ao período em que alguém orar audivelmente em línguas. Talvez não ocorram visões, audições ou sentimentos e impressões no espírito, simplesmente palavras de conhecimento ou sabedoria.
É muito freqüente nesse tipo de operação das línguas estranhas a própria pessoa incrédula receber em secreto a interpretação das línguas estranhas, ter seus segredos revelados pelo Espírito e ficar inibida de comunicar publicamente a interpretação que ela recebeu. Quando isso acontecer num culto público é importante que quem ficou falando em línguas estranhas para revelar os segredos do coração do incrédulo pergunte se alguém receber a interpretação e se deseja testificar para toda a igreja. Ainda que não queira compartilhar os detalhes da revelação por em constrangedor em algumas circunstancias é fundamental que seja dado alguma testificação, como por exemplo: - “Eu recebi a interpretação, nessa mensagem foi revelado algumas áreas de minha vida em que estou constrangido de comunicar publicamente, mas entendi o chamado para o arrepednimento e vou colocar isso em ordem na minha vida”. Um dia talvez essa pessoa compartilhe publicamente esse testemunho.
Quando vejo profetas imaturos exporem pessoas a um constrangimento publico, principalmente durante o culto da igreja, fico extremamente preocupado. Não creio que Deus sinta prazer em constranger publicamente os cristãos carnais de nossas igrejas, creio que Ele sempre nos chama para o arrependimento e sabe a medida da força que precisa ser aplicada nos “puxões de orelha”.
Sei que existem textos bíblicos em que os profetas falaram da parte de Deus e trouxeram a publico o pecado de reis e sacerdotes corrompidos. Creio que isso pode acontecer hoje em dia, mas não com a freqüência e modo que é praticado em alguns cultos pentecostais. Alem do mais, nesses contextos de profecias publicas que expunham os pecados dos reis, eram sempre o produto final de inúmeras outras tentativas anteriores em chama-los para o arrependimento. Alguns profetas quando “profetizam “ sobre a vida de pessoas em pecados de adultério ou fornicação parecem mais juizes ou carrascos do que homens de Deus que visam a “edificação, a exortação e o consolo”.

Em minha experiência pessoal com o Senhor Jesus, vivi anos abraçado a um extremo de teologia de reforma e logo apos minha experiência pneumática com os dons espirituais fui abraçar o outro extremo do pentecostalismo. Eram dias difíceis para mim, tinha entre dezessete e dezoito anos, e logo depois do meu primeiro ano “falando em línguas estranhas” entrei numa crise profunda de frustração com alguns lideres pentecostais e suas estruturas denominacionais.
Nesse período eu não passava de mais um cristão recém pentecostalizado, inseguro, cheio de medos e envolvido numa capa recente de falsa espiritualidade pois acreditava conhecer os oráculos divinos pois agora sentia fogo nas minhas mãos, chorava espontaneamente acima da média e falava em línguas estranhas.
Porém ate esse momento de minha caminhada cristã, ninguém havia me ensinado sobre as diferentes operações do dom de línguas estranhas e eu nunca havia dedicado mais de alguns minutos durante o culto publico para falar em mistérios com Deus. Um dos exercícios chaves para amadurecermos no exercício do falar em línguas é orarmos tanto quanto Paulo orava. Hoje eu dedico dez a quinze ininterruptas durante um ou dois dias por mês para ficar orando em línguas estranhas a fim de permitir que minha mente não atrapalhe nessa linguagem de oração celestial e o meu espírito ore bem!
Como eu era recém pentecostalizado, imaturo e presunçoso, não demorou muito tempo para mim esfriar espiritualmente e começar a sofrer fortíssimas tentações na área sexual. Lembro-me de um período de meses em que já não orava mais nem estava freqüentando a igreja pois profissionalmente eu estava fazendo um curso intensivo com aulas durante os dias úteis e finais de semana. Duas colegas de curso foram logo se aproximando de mim e depois de algumas semanas de treinamento começaram a se insinuar sexualmente. Num primeiro momento rejeitei a idéia mas logo depois comecei a fazer pequenas concessões em minha imaginação. Era duas lindas mulheres, uma casada e outra solteira que compartilhavam de uma vida bissexual e a fantasia erótica de ter uma relação sexual com duas mulheres simultaneamente estava assentada a uma carteira de distancia de mim.
Como um abismo chama outro abismo, estava amargurado com os irmãos da igreja, frustrado por um namoro fracassado, sem comunhão e sem praticar minhas orações e devocionais... Logo, minha mente estava aprisionada as mais pervertidas imaginações sexuais. Já não conseguia mais acompanhar o conteúdo daquele curso e resolvi escrever um bilhetinho para aquelas lindas colegas de sala de aula dizendo que estava disposto a experimentar a proposta delas.
Isso foi numa quinta feira e combinamos um encontro no final da aula do domingo pela manha, onde passaríamos a tarde juntos. Porém na sexta feira, em meu horário de almoço eu estava caminhando no centro da cidade quando recebi um panfleto com o seguinte título: “SEXTA FEIRA É O DIA DO JEJUM E DA ORACAO NA IGREJA BRASIL PARA CRISTO”.
Imediatamente o Senhor falou comigo e disse para mim faltar a aula de sexta-feira a noite e ir para essa vigília de oração. Embora recém pentecostalizado nas Assembléias de Deus, resisti a idéia de ir a uma reunião em outra igreja pentecostal, mas ainda carregava muito orgulho e desconfiança das minhas raízes luteranas... fiquei o restante da tarde com a mensagem divina de responder positivamente aquele panfleto.
Resolvi obedecer, já estava em depressão e angustiado pelos meus pecados cometidos e pelos pecados que eu estava prestes a consumar. Cheguei arrasado na igreja, quando ali entrei pude perceber que o pastor já estava no meio de sua pregação e alguns segundos depois de eu ter entrado na nave do templo, o pastor parou de pregar em português e começou a falar em línguas estranhas como sinal aos incrédulos. Ele ficou no púlpito da igreja, com o templo lotado, falando em línguas por mais de 40 minutos sem que ninguém da igreja interpretasse uma frase.
Simplesmente a igreja discerniu que algo genuinamente do Espírito Santo estava acontecendo, pois eu fiquei em pé na porta do templo chorando copiosamente desde o instante em que aquele pastor começou a orar em línguas estranhas no púlpito até o instante em que ele parou.
Eu sabia que ele não estava falando em português, eu sabia que ele falava em línguas pois podia observar os olhares dos outros irmãos que não estavam recebendo nenhuma interpretação de todas aquelas palavras. Porem eu só conseguia chorar e me arrepender, reconciliar-me com o meu Senhor pois no meio daquela multidão eu era o único que estava recebendo a interpretação da mensagem.
Aquele pastor sabia de todas as minhas conversas com aquelas duas mulheres no curso que eu estava fazendo, sabia do meu chamado ministerial, da minha frustração com lideres, igrejas e ex-namorada. Durante aqueles quarenta minutos em que ele falou em línguas estranhas para que o segredo do meu coração fosse manifesto, ele foi extremamente preciso ao me confrontar para o arrependimento.
Lembro-me que ao terminar as línguas estranhas ele olhou para toda a igreja que já estava cansada de assistir línguas e disse-lhes: - “Eu tenho certeza que alguém aqui recebeu a interpretação dessas línguas estranhas mas ficou com vergonha de anunciar publicamente para o restante da congregação. Quem é essa pessoa?”.
Foi então que eu ainda me recuperando do choro ergui o meu braço e disse: - “Fui eu que recebi a interpretação e foi sobre algo terrível que eu iria praticar amanha a tarde que o Senhor falou comigo”. Então toda igreja glorificou a Deus e o pastor falou para mim procurá-lo num horário de gabinete pastoral para saber maiores detalhes.
Imediatamente virei as costas e voltei para casa. Já sabia o que eu tinha que fazer, cancelei aquele encontro e toda minha depressão foi embora. Tornei a congregar com meus irmãos, pedi perdão e perdoei alguns lideres e depois dessa experiência tornei algumas poucas vezes aquele templo em que o Senhor havia usado aquele pastor tão misteriosamente.
Fico pensando, se aquele pastor tivesse exposto publicamente meus pecados e intenções pecaminosas com aquelas garotas será que algum dia eu voltaria aquela igreja? Com certeza eu teria sido confrontado no meu pecado, teria me arrependido e procurado nunca mais retornar aquele lugar!
Em outra ocasião ouvi o testemunho de um ex-mulçumano xiíta que ao chegar na cidade de Foz do Iguaçu-PR viu a bandeira de Israel no púlpito de uma igreja evangélica e como ainda não dominava o idioma português planejou um atentado terrorista para explodir aquele templo.
No primeiro culto que foi assistir a fim de observar as colunas de concreto que sustentavam todo o edifício, o ministro de louvor parou de cantar e simplesmente ficou falando em línguas estranhas por uns trinta minutos aproximadamente. Todos ficaram irritados com aquele episódio e houve até irmãos que criticaram aquele jovem ministro de louvor.
Porém o Espírito do Senhor estava dirigindo aquele irmão numa oração em línguas estranhas para que os segredos do coração daquele mulçumano fossem manifestos. O produto final dessa operação das línguas estranhas foi a conversão daquele missionário islâmico e seu pedido de perdão publico por ter maquinado a morte daqueles irmãos.
Temos que parar de acreditar na mentira que a operação dos dons espirituais no culto publico irão assustar as pessoas. Não vejo Jesus fugindo para uma salinha reservada a fim de expulsar demônios das pessoas oprimidas por satanás. Muito menos tratando opressão demoníaca com copo de água com açúcar e dizendo para toda a igreja que aquilo não era possessão demoníaca, mas simplesmente um ataque epilético. Vejo Jesus curando enfermos e expulsando demônios nas praças e em público, sem precisar colocar um microfone na boca do moribundo para fazer sensacionalismo.
Lembro-me da ultima semana em que trabalhei secularmente como profissional de informática, antes de ir morar e estudar no seminário do Vale da Benção em Araçariguama-SP. A secretária do gerente de exportação da empresa estava profundamente triste e ansiosa, pois seu pai estava internado no hospital sem perspectivas de vida.
Ela sabia que eu estava saindo da empresa “para ser pastor” e ir estudar num seminário. Conhecia o testemunho de inúmeras pessoas dentro da empresa que já haviam recebido algum tipo de ministração espiritual através de minha vida e pediu-me para ir orar pelo pai dela.
Imediatamente o Senhor me dirigiu a jejuar e orar por três dias, quando fui ao hospital orar pelo homem. Ao conhecer o restante da família percebi que eram extremamente católicos romanos, mas muito mais esotéricos, com fortes inclinações kardecistas.
Falei que estava ali para invocar a manifestação do Deus vivo, que eles já haviam rezado para tantos intermediários nas ultimas semanas e o quadro clínico só estava piorando. Mas que Jesus iria curar aquele homem e depois da oração mais um dia de observação e ele ganharia alta hospitalar.
Lembro-me que a esposa pegou nas minhas mãos e creu com uma ingenuidade simples, enquanto alguns jovens presentes no quarto começaram a rir e a debochar.
Simplesmente ungi aquele homem e estava com os olhos abertos mas não podia falar, impus minhas mãos sobre ele e fiquei falando em línguas estranhas. Não tive nenhuma interpretação, imagino que os presentes naquele quarto também não a tiveram, simplesmente o espírito de morte que estava sobre aquele lugar foi dissipado e uma doce presença encheu todos os corações. Eles começaram a chorar espontaneamente, nenhuma palavra, nenhum apelo, nenhuma ilustração, nenhum texto bíblico lido e nenhuma pregação eloqüente. Simplesmente línguas estranhas. Aquele homem começou a tossir e pude ver um demônio saindo enquanto ele tossia. Tive a convicção de que era hora de parar de orar em línguas e ir embora.
No dia seguinte minha companheira de trabalho veio me agradecer, falou que todos os seus familiares ficaram maravilhados com o episódio. O médico ficou impressionado com a reação do sistema imunológico do pai dela, e no dia seguinte ele receberia alta para retornar para casa.
Não deixei cartão de visita, panfleto, nem folder com os horários de cultos da minha igreja. Não fiz proselitismo, nem os manipulei dizendo que tinham que passar a congregar em minha igreja, pois a enfermidade retornaria se assim não procedessem. Ela simplesmente me pediu os horários de cultos e o endereço de onde nos reuníamos. Ficava no extremo oposto ao bairro onde ela morava, lembro-me do único dia em que os vi indo lá nos visitar. Tempo depois, eu já estava no campo missionário, ela me comunicou que toda sua família havia se convertido e passado a congregar numa igreja do evangelho quadrangular próximo a sua casa.
Nesse caso, creio que a interpretação de todas aquelas línguas estranhas que eu havia orado no quarto do hospital ocorreu na simples visão do demônio saindo dos pulmões enquanto aquele homem tossia. Não ouve confusão, mas sim conversões.

I Co 14.26-33 - “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

Nem sempre quando estiver ocorrendo essa operação do dom de “línguas estranhas como sinal aos incrédulos” a interpretação precisará ser pública. Nesse caso, ao contrário do “orar em línguas para interpretação” o que é necessário é a interpretação para o incrédulo dos “segredos de seu coração” e não obrigatoriamente esses segredos serão compartilhados com todo o coletivo da igreja.
Essa interpretação dos “segredos do coração dos incrédulos” poderá ser em algumas circunstâncias compartilhadas com a coletividade da igreja, em outras apenas revelado a pessoa individualmente, e ela saberá que Deus esta operando naquele lugar.
Tanto nas operações de “línguas estranhas como sinal aos incrédulos” como “línguas estranhas para interpretação”, é necessário que haja a interpretação.
Quando o profeta sair do seu lugar e for ao encontro de outra pessoa, seja ela incrédula ou não, e lhe impor as mãos e reivindicar autoridade profética sobre suas palavras, este profeta não poderá esquivar-se da interpretação, ainda que essa operação de interpretação possa ocorrer por intermédio de uma terceira pessoa. Só não devemos deixar passar em branco, caso ocorra do intercessor orar em línguas impondo as mãos sobre outro e ninguém receber nenhum tipo de interpretação consistente. Aqueles que julgaram a atitude desse intercessor devem “puxar as orelhas com amor” a fim de ocorrer o amadurecimento.
Todo profeta maduro cometeu erros ao longo do seu ministério profético. Profetizou coisas que não ocorreram ou estavam parcialmente corretas e em alguns aspectos erradas. Ele não é maduro porque nunca errou, ele é maduro porque soube reagir aos julgamentos com humildade e maturidade.
A bíblia não diz que devemos apedrejar os profetas quando eles profetizam e não se cumprir a sua palavra. A bíblia diz que quando profetizarem, a mensagem se cumprir e o produto final desse cumprimento profético for a idolatria e a corrupção pecaminosa, então esse profeta falou da parte de um espírito de adivinhação e devera ser morto, conforme a lei.
Mas quando profetizar e não se cumprir, apenas deve ser admoestado e “não reconhecido como profeta”. Ou seja, não devemos levá-lo a serio como profeta.
A bíblia não diz que como profeta eu não posso errar, ela diz que os demais devem julgar o conteúdo da mensagem. Isso indica a possibilidade do erro do profeta, o qual poderá amadurecer no exercício do dom se for humilde para pedir perdão e ser exortado.
O que a bíblia ensina é que as pessoas que recebem as mensagens proféticas não devem ser tolas de dar crédito o tudo o que lhes foi dito, sem antes submeter essa profecia ao crivo da palavra de Deus e a testificação do Espírito Santo em nosso espírito. Vejamos os textos:

Deuteronômios 18.1-5 - “QUANDO profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, 2 E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; 3 Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma. 4 Após o SENHOR vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis. 5 E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o SENHOR vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito, e vos resgatou da casa da servidão, para te apartar do caminho que te ordenou o SENHOR teu Deus, para andares nele: assim tirarás o mal do meio de ti”.

Deuteronômios 18.22 – “Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele”.

 

4 - Línguas Estranhas para Edificação Pessoal – Tenho observado que os lideres na sua grande maioria estão divididos em dois grupos. O primeiro é aquele que oram muito em línguas e não estão preocupados com a interpretação, a ênfase deles esta em II Co 3.17 onde diz que ”Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. O segundo grupo são os mais conservadores e preferem assumir a posição inversa, sua ênfase esta em II Co 14.40 onde diz “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”.
Particularmente creio que ambos estão errados em seus extremos. O primeiro com medo de não dar liberdade e entristecer ao Espírito Santo por resistir ao vinho novo. O segundo por nutrir um zelo farisaico ao ponto de não levar em consideração a natureza dinâmica e renovadora do Espírito Santo. Lembre-se que o que impediu os fariseus de reconhecerem Jesus como Messias não foi a superficialidade do estudo das escrituras, mas sim seu zelo.
De tanto zelarem pela lei, fizeram dela um fim em si mesma, e não um meio para experimentarem Deus. Logo quando Jesus começou a quebrar paradigmas religiosos da época, provaram que amavam mais seus paradigmas dogmáticos que a revelação da lei do Senhor.

I Co 14:4 – “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”.

Sempre que a bíblia falar em “orar no espírito” creio que ela esta se referindo ao exercício de orarmos em línguas estranhas. Esse ensino fica muito claro em ICo 14.15 que diz “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”. Orar com o entendimento não é menos espiritual que orar em “línguas estranhas” ou orar “com o espírito”, só possui um propósito diferente.
O que temos que ter em mente quando encontramos essa expressão “orar com o espírito” nas escrituras é que no versículo anterior Paulo nos ensina que ICo 14:14 “Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto”.
Essa ferramenta de orar em espírito para edificação da fé pessoal é um sinal que esta disponível a todo que crer. Seu propósito primário não é edificar o coletivo da igreja e sim a fé do indivíduo que se dispor a passar dez ou quinze horas seguidas orando em línguas, “com seu espírito orando bem, e sua mente infrutífera”.

EF 6:18 “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

Parece estranho para alguém que vive um conceito de “graça barata”, achando que uma vez salvo sempre salvo e você nunca mais terá nem dor de dente. Mas a bíblia nos chama para crescermos na graça e no conhecimento. Jesus diz que os fariseus erravam por não conhecerem as escrituras nem mas manifestações do poder de Deus.

Judas 1.3 – “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.

Que fé é essa que precisamos “batalhar” por ela e que “uma vez por todas nos foi dada”?
Temos aqui a dinâmica da fé, algo vivo e um chamado ao crescimento espiritual e não ao comodismo ou conformismo de uma espiritualidade secularizada pelo pecado.

Judas 1.20-21 – “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, 21 Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna”.

Veja como o próprio versículo vinte nos ensina a como edificar algo sobre a porção de fé que nos foi dada no dia de nossa conversão – “orando no Espírito Santo”, ou seja em “línguas estranhas para edificação pessoal” (I Co 14.15).
A bíblia nos diz que cada um profetize segundo a “medida da sua fé” em Rm xxx .
Por ser Deus justo e não fazer acepção de pessoas, será que Ele poderia dar a uns uma medida de fé maior que a outros? Seria por isso que uns operam milagres sobrenaturais e outros apenas resumem seus ministérios ao ensino da palavra?
O interessante é que na ocasião do novo nascimento, na conversão o cristão recebe “uma vez por todas” uma medida de fé. Uma essência divina eu nos permite experimentar Deus e todas as suas manifestações.
Porem somos responsáveis por aquilo que faremos com essa fé, que uma vez por todas já nos foi concedida, por ocasião do novo nascimento. Creio que o revestimento de poder é uma experiência sectária a conversão. São coisas distintas. Mas não creio que Deus virá do alto e colocara dentro de nos o dom de curar enfermos, profecia ou línguas estranhas...
As línguas estranhas, e todos os outros dons que Deus tem reservado para sua caminhada cristã, já estão dentro de você. Basta apenas render o nosso espírito ao toque e ao fluir do Espírito Santo em nós e através de nós. Precisamos “remover todo o acumulo de malícia e iniqüidade da nossa alma” conforme esta escrito em Tiago 1.21.
Não será pela repetição de centenas de frases como “aleluia” ou “glória a Deus” que receberemos as línguas estranhas. Mas sim, pelo exercício de adoração e arrependimento que as línguas estranhas, que já estão dentro de todos aqueles que nasceram de novo, se manifestarão espontaneamente naqueles que crerem e se apropriarem por meio da fé. Uma fé que não é certificado de espiritualidade superior a dos demais, mas segundo Judas é apenas uma fé relacionada a “comum salvação” Judas 3.

I Co 14:2 – “Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios”.

Existem pessoas em algumas igrejas que não falam em línguas a Deus, mas falam em línguas para impressionar uma jovem moça solteira da igreja ou fazer uma média com o dirigente do ponto de pregação. Essas pessoas por mais que “falem em línguas” essa oração não lhes resulta em edificação pessoal, não desata sobre as suas vidas e ministérios um manto de milagres nem autoridade espiritual. Vivem inconstantes em seus caminhos, de ânimo duplo e muitas vezes a única evidência espiritual que apresentam são os problemas que geram para suas lideranças pois alem de orarem em línguas ao vento, desenvolveram uma falsa espiritualidade do dom da “língua comprida”.
Precisamos orar em línguas a Deus. Periodicamente quando enfrento circunstancias que não sei como resolver, nem por onde começar a analisar e muito menos como sistematizar por “oração com entendimento” minhas dores e meus sentimentos, simplesmente digo: - “Espírito Santo, por favor me auxilie durante esse período de oração e conduza o meu espírito a orar ao Pai da forma mais eficiente possível com respeito a esse determinado assunto...” e imediatamente após fico oito a dez horas seguidas falando em línguas estranhas.
Geralmente não sinto nada, nem arrepios, nem calafrios. O único produto dessa disciplina espiritual é minha garganta seca e a necessidade de tomar muito líquido. Mas creio que a palavra de Deus é verdadeira quando ela ensina que quem fala em línguas, fala a Deus e a si mesmo se edifica espiritualmente!

I Co 14:4 – “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”.

I Co 14:5 – “E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação”.

Muitas vezes depois desses longos períodos de oração Deus manifesta sinais imediatos, outras vezes não. Apenas precisei orar dez horas ininterruptas em línguas estranhas para conseguir organizar meus sentimentos e sistematizar minhas idéias num plano de ação coerente, para alcançar a solução de alguns problemas. Creio que é isso que CL 1:9 quer dizer quando nos fala em “toda a sabedoria e inteligência espiritual”

Cl 1.9 – “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual”.

I Co 14:12 – “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja”.

I Co 14.13-18 – “Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.
14 Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.
15 Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
16 De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
17 Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
18 Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos”.

I Ts 5.17-21 – “Orai sem cessar. 18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 19 Não extingais o Espírito. 20 Não desprezeis as profecias. 21 Examinai tudo. Retende o bem”.

 

Diferença entre Sinais e Dons Espirituais:

Muitos cristãos entram em crise ao ler I Co 12.29-31 e depois comparar com Mc 16.15-20.

I Co 12.29-31 - “Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?
30 Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?
31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente.

Mc 16.15-20 – “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus.
20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”.

Como é possível o apóstolo Paulo ensinar que nem todos falarão em línguas estranhas em ICo 12.30 e nosso Senhor Jesus Cristo ensinar em Mc 16.17 que falar novas línguas serão um dos sinais daqueles que crerem nEle? Será que temos um equivoco doutrinário aqui, ou simplesmente os óculos através dos quais fomos programados a fazer a leitura do dom de falar em línguas estão embasados e precisamos limpá-los?
Eu não vejo nenhuma divergência doutrinaria nesse paradoxo, pois existe uma gigantesca diferença entre sinais e dons espirituais. Quando confundimos esses dois conceitos e tentamos interpretar como se fossem idênticos, cometeremos erros graves.
Quando Jesus ensina sobre o sinal de falar novas línguas, Ele esta dizendo que essa experiência esta disponível a todos aqueles que crêem. A fé ativará esses sinais descritos em Marcos 16 e a operação dessa fé será literal e não alegórica. Inclusive quando fala com respeito a “pegar serpentes e beber alguma coisa mortífera”. Isso é literal!
O contexto em que Jesus esta relacionando esses sinais, é um contexto evangelístico, onde Deus fará prodígios e confirmará a pregação com sinais aos incrédulos. Todo cristão nascido de novo, disposto a colaborar na tarefa da grande comissão e com o mínimo de fé para crer nesses sinais experimentará tais manifestações porque Jesus o disse. Simples!
Não experimentarão esses sinais por serem ultra, super, mega espirituais, não experimentarão esses sinais por serem superiores aos demais cristão nominais, não experimentarão esses sinais por viverem em um nível de santidade superior aos demais... toda essa conversa é superstição pentecostal. Experimentarão esses sinais porque ousaram crer nas palavras de Jesus e Ele honra, zela por sua palavra.
São os sinais que seguem aos que crêem e não os que crêem que devem viver seguindo aos sinais de um lado para o outro, inconstantes e sem profundidade espiritual.
Já o apostolo Paulo quando esta ensinando a igreja de corinto sobre os dons espirituais, ele não esta falando num contexto evangelístico. Justo o contrário, ele fala num contexto de edificarem-se mutuamente através do exercícios dos dons espirituais. E nesse contexto de corpo de Cristo reunido para edificarem-se mutuamente uns aos outros, Paulo afirma que nem todos falarão em línguas para interpretação.

A tradução da Bíblia Viva diz:
“Falam todos em línguas para a interpretação?” ICo 12.30.

O que é diferente de algumas traduções em língua portuguesa que dizem:
“falam todos diversas línguas? interpretam todos?” I Co 12.30.

Dentro dessa perspectiva quando eu estou em uma praça pública ministrando cura ou libertação aos incrédulos, eu não oro pedindo pelos dons espirituais, pois dons são para edificação da igreja durante um seminário local e não evangelismo de rua.
Eu clamo a Deus pedindo pelos sinais que Ele prometeu. Não dou ordem a Deus, mas dou ordem a enfermidade, as circunstâncias demoníacas na vida das pessoas ali presentes que saiam pelo poder do nome de Jesus. Oro muito em línguas, como um sinal e um exercício de fé para minha vida pessoal. Principalmente antes de ministrar os sinais sobrenaturais do Espírito Santo, pois creio que preciso falar em línguas com Deus a fim de edificar minha fé e presenciar os milagres que Deus já determinou nas regiões celestiais manifestar naquela ocasião.
Interpretar línguas estranhas não é sinal evangelístico, o falar sim.
Interpretar línguas é dom para edificação do corpo reunido.
O dom de línguas estranhas pode ser tanto um sinal como uma operação de dom espiritual. Dependendo do contexto em que ele esta sendo exercitado.
Semelhantemente a cura de enfermidade, pode ser ministrada sobre a vida de um incrédulo como sinal, a fim de confrontá-lo no seu antigo sistema de crenças e levá-lo a uma profissão de fé em Jesus ou a cura de enfermidade, também pode se ministrada sobre a vida de um cristão como dom espiritual a fim de edificá-lo espiritualmente.
A bíblia nos fala para não sermos ignorantes no que diz respeito aos dons espirituais, mas é assustador o número de cristão genuínos que fizeram a opção consciente e outras vezes, inconsciente de simplesmente apagarem esse assunto de sua caminha de fé com medo dos exageros. Todo medo é uma expressão da ausência de fé.

ICo 12:1 “ACERCA dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.

O chamado universal de todo cristão é crescer e amadurecer em sua fé para tornar-se simplesmente como Jesus. Não fomos chamados a uma experiência estática e fixa, mas ao relacionamento intimo e dinâmico do Senhor.
Nesse processo de crescimento espiritual, é perfeitamente possível atrofiarmos nossos dons e talentos espirituais, mas o exercício espiritual do falar em línguas estranhas é uma chave preciosa para edificarmos nossa fé e operarmos [ou desenvolvermos, conforme sua tradução] nossa salvação (Filipenses 2.12).

FP 1:19 – “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo”.

Pastor Jelson Becker é o líder do Ministério Avivamento Extravagante em Recife-PE.

 
Atos dos Apóstolos - a unçao do Espírito Santo vai invadir a sua vida.
Atos dos Apóstolos
Vídeos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos
 
 
 
Atos dos Apóstolos
Atos dos Apóstolos - a unçao do Espírito Santo vai invadir a sua vida.
 
atos dos apostolos
© 2010 - atosdosapostolos.com.br - Todos os direitos reservados
dSeven Web